quinta-feira, 7 de abril de 2011

Resumo - Capítulo XVII: Ursa Maior

Macunaíma estava muito contrariado, já que estava se sentindo completamente sozinho, pois não tinha mais a companhia de seus irmãos e da princesa, como também não tinha mais cunhas por perto para ele “brincar”.
O herói da nossa gente foi obrigado a deixar sua casinha, já que tal moradia estava caindo aos pedaços, porém não teve a mínima coragem de fazer outra casinha para morar. Assim, foi morar nas “montanhas”, onde conheceu um papagaio para quem contava suas conquistas passadas.
Até que um dia, depois de inúmeros desgostos, Macunaíma acordou com Vei, a Sol fazendo-lhe cosquinhas, vingança que Vei fazia por causa do herói não ter casado com uma de suas filhas. Macunaíma ficou muito contrariado, já que há muito tempo não “brincava”, resolveu então tomar banho no lagoão para espantar a vontade de “brincar”. Chegando lá, enxergou no fundo do lago uma cunha lindíssima, que era a Uiara. Aumentou assim o desejo de Macunaíma, que acabou mergulhando na lagoa onde é mutilado pela Uiara, ficando sem perna, brincos, orelhas, nariz, dedões e beiços, onde também ficou sem o muiraquitã.
                  
  Uiara

Porém Macunaíma se ergueu e conseguiu achar seus tesouros perdidos, conseguindo assim montar seu corpo, portando não consegue montá-lo completamente já que ele não consegue achar a perna e o principal, o seu muiraquitã. Assim, Macunaíma se “arrasta” até céu, indo parar na porta da casa do Pai Mutum, a quem defendeu na Festa do Cruzeiro. Portanto o nosso herói pede para morar no céu, no entanto Pauí – Pódole o transforma de um herói mutilado e solitário em uma constelação nova, chamada de Ursa Maior.

Constelação Ursa Maior

Neste capítulo Mario de Andrade, usa características do futurismo como a onomatopéia (palavras que imitam ruídos), como no trecho:
- Amanhã por estas horas, furrum-fum-fum... Zozoiaça [...]
E como a ausência de pontuação, presente no decorrer de todo o livro. No mesmo capitulo a características do modernismo, como enumeração caótica que indica objetos, sensações, como a palavra “brincar” presente em todo o livro de Macunaíma. Mario de Andrade tem preferência por “tragédias”, característica do expressionismo, já que no seu livro, Macunaíma morre inúmeras vezes, como também há mortes de outros personagens e o sofrimento de tantos outros.
            Resumindo, Mario de Andrade com a sua obra Macunaíma fez uma grande inovação do indígena, já que o herói de nossa gente, não é aquele índio idealizado e sim aquele índio preguiçoso e de novas culturas, mais próximo de nossa realidade atual.

Autora: Débora Lima

Resumo - Capítulo XVI: Uraricoera

Macunaíma amanhece adoentado então Manaape prepara um cozimento de broto de abacate para a melhora do herói. No outro dia Macunaíma ao sair pra um ‘‘passeio ‘‘, o herói vê o cerro manso e lembra da mãe, que chora. Os irmãos resolvem fazer uma focheada para preparar um peixe. Logo percebeu que havia uma mão de alguém em seu ombro e perguntava-lhe quem era o herói explica que era Macunaíma, conhecido por aquelas bandas. O velho fala que é João Ramalho e apresenta mais quinze famílias e vai embora.
No dia seguinte todos foram trabalhar porem Macunaíma, desculpou-se e foi para o rio negro, viu que passava uma piracema de jaraquis, pois em “Óbidos ‘’ quem come jaraqui fica aqui’’. Todos retornaram pra tapera no final da tarde, menos o herói, então os irmãos saíram à procura, após algum tempo o encontraram. Jiguê diz que o irmão Macunaíma não caça, não faz nada, ele diz que caça sim, mas não achava nada.
                        
                                                       Óbidos


Jiguê encontrou como o feiticeiro Tzaló que possuía uma cabaça encantada, roubou do feiticeiro e todos os dias levava peixe para casa. Macunaíma desconfiou e ficou a observar o irmão, foi assim que descobriu como Jiguê conseguia os peixes, foi querer fazer o mesmo porem acabou perdendo a cabaça, inventou então a historia de ter matado um veado e ter comido, mas seus irmãos sabiam que era mentira.
Jiguê conseguia muita caça o herói ficava contrariado e resolveu se vingar colocou um feitiço no anzol e quando Jiguê foi pescar que o dente da sucuri (anzol) penetrou em sua pele e despejou todo o veneno nele, que foi uma ferida que comeu todo o corpo de Jiguê, então o herói jurou vingança ao irmão, pois seu irmão havia virado uma sombra envenenada.
O herói acordou com muita fome no outro dia, mas a sombra não deixava comer nada até que Jiguê se transformou em uma bananeira e Macunaíma comeu tudo. A sombra perseguia muito ele até que fez que perseguisse um boi, deixando-o livre, depois de um tempo o boi morre de fraqueza, pois a sombra não o deixava comer, e ela sempre cantava para ele e foi assim que surgiu a festa folclórica do boi-bumbá.

Boi-Bumbá


Autora: Ammy Lira

terça-feira, 5 de abril de 2011

Resumo - Capitulo XV: A pacuera de Oibê

O capítulo começa com o retorno de Macunaíma para Uraricoera com seus irmãos Maanape e Jiguê, todos contentes por terem conseguido a muiraquitã, mas ao mesmo tempo já com saudades da cidade de São Paulo, por isso Macunaíma trazia consigo algumas coisas que o interessaram, como um revólver Smith-Wesson e um relógio Pathek, e alguns bichos.
Ao anoitecer o índio teve saudades da cidade de São Paulo e das mulheres estrangeiras de lá, como ela chamava de “filhinhas de mandioca”, e depois de Ci, quando começou a ter uma alucinação com ela, para perceber depois que não era Ci, e havia somente Capei, a lua no céu.
Cachorro-do-mato

No dia seguinte pela manhã, após “brincar” com Iriqui, Macunaíma se encontrar com um monstro, o minhocão Oibê, e este o persegue, na fuga o índio vê um pé de carambola, e descobre que na verdade é uma linda princesa e tem vontade de brincar com ela, mas Oibê esta em seu encalço, portanto pega a princesa e foge, depois de muitas travessuras do índio na fuga, finalmente ele pega a princesa e fogem pelo rio, quando o monstro Oibê chega, eles já estão longe e então esse se transforma em cachorro-do-mato. Quando Macunaíma aparece com a princesa para seus irmãos e Iriqui, essa fica com ciúmes do índio, e sobe para o céu virando estrela.
Este capítulo possui a presença de rapsódia, presente nos versos de cânticos, demonstrando a cultura popular, a falta de pontuação ainda é presente assim como no decorrer de todo o livro, com o uso de muitas palavras indígenas e uso de mitos próprios dessa cultura.

Autora: Aline Nogueira

Resumo - Capitulo XIV: Muiraquitã

No primeiro parágrafo do capitulo já podíamos encontrar características do modernismo. No trecho:
“o herói ficou sastifeitíssimo  e inda estava ficando sastifeito quando Maanape entrou no quarto contando que as “máquinas jornais” anunciavam a volta de Venceslau Pietro Pietra”
 Temos a palavra “inda”que na verdade é ainda, mas como o modernismo usa uma linguagem coloquial, pois tem essa ideologia de romper com a tradição, com o clássico, se encaixa em uma característica do movimento. Quando Maanape se refere as “máquinas jornais”, o autor quis enfatizar o fato da Revolução Industrial, que na época se expandia, e essa característica se encaixa no futurismo, uma vanguarda européia que está presente no modernismo.

Ainda no começo do capitulo, Macunaíma está disposto a matar de vez o gigante, já que agora está forte o suficiente para enfrentá-lo.
Macunaíma se encontra com Venceslau quando ele está conversando com um repórter e convida-o para acompanhá-lo. Um trecho diz assim:
“ Bem no meio do hol de acapei mobiliado com sofás de cipó-tiririca feitos por um judeu alemão de Manaus”
 Percebemos um choque cultural, os autores modernista eram nacionalistas e defendiam que não deveríamos nos deixar influenciar pelos estrangeiros e principalmente pela Europa, então ao falar “ alemão de Manaus”, Mário de Andrade está “adaptando” o alemão ao nosso país, sendo totalmente nacionalista.
Ao fim do capítulo, Macunaíma ataca o gigante, o mata, e recupera a muiraquitã para lembrar-se de sua amada.

Autora: Scarlett Syssi

Resumo - Capitulo XIII: A piolhenta do Jiguê

          Macunaíma estava muito mau, com erisipa que passou uma semana de cama e lia anúncios ara a cura dessa doença.Quando ficou bom foi ao parque Anhangabu e viu um ‘’vaticano’’ que não era isso o que pensara , mas sim um navio e algumas pessoas iriam viajar nele  para Europa.
            Jiguê arrumou uma parceira  que se chamava Suzi  e era feiticeira, mas Macunaíma também a namorava e todo dia ia comprar mandioca e o herói comprava lagosta. Quando chegava em casa dormia e sonhava que havia lagosta debaixo da macaxeira e Jiguê desconfiou. Suzi ia na feira e assobiava para seu ‘’namorado’’ e iam brincar. De noite Jiguê queria deitar em sua rede, mas ela não deixava, dizendo que não estava se  sentido bem.
            No outro dia Jiguê foi atrás dela e a encontrará com seu irmão. No dia seguinte deixou a trancada no quarto e para se distrair catava seus piolhos e pedia para que seu parceiro que quando chegasse batesse na porta para que ela pudesse se ajeitar. Macunaíma queria brincar com Suzi e então seu irmão novamente para poder ficar livre com ela. Quando voltou  viu o casal rindo e bateu em seu irmão e pediu que Suzi fosse embora. Seus piolhos a levaram para o céu que virou uma estrela que pula.

            Nesse livro apresenta uma ortografia errada, como mostra no trecho ‘‘ chaminezona guspiu uma fumaçada”, por causa do Dadaísmo uma das vanguardas européias que não se preocupa com  sua forma exata, mas algo radical,diferente.E também apresenta a ausência de pontuação que é uma das características  de outra vanguarda européia chamada futurismo.

Autora: Priscilla Lima

Resumo - Macunaíma, Capítulo XII: Tequeteque, Chupinzão e a Injustiça dos Homens

Macunaíma ainda no início do livro

   Logo no início do capítulo Macunaíma fica doente, mas se recupera rapidamente com a ajuda de um curandeiro chamando por Maanape. Macunaíma vai procurar Piaimã, porém descobre que este viajou para a Europa. O heroi se desespera, mas logo montam um plano para ir atrás do gigante.

   Macunaíma é enganado e perde todo o seu dinheiro, estragando seu plano. O governo também não o ajuda mesmo quando ele se disfarça de pintor, pois já existiam pintores demais à caminho da Europa. De novo ele faz referencia a Gregório de Mattos e seu poema "Milagres do Brasil são" e a frase de Saint-Hilaire "Ou o Brasil acaba com a saúva ou a saúva acaba com o Brasil" e diz "Pouca saúde e muitos pintores os males do Brasil são", fazendo uma crítica ao governo.
   Decepcionado, ele viaja mais uma vez pelo país, até que em um ponto encontra um macaco comendo coquinhos. Com fome, ele pergunta o que o animal está comendo, então o macaco o engana falando que a fruta era seus testículos que quebrou para comer. Macunaíma acredita e bate nos seus próprios testículos, acabando morto.
   Um homem encontra o cadavér de Macunaíma e o leva de volta a pensão, onde Maanape o ressucita usando dois cocos-da-baía para fazê-lo voltar ao normal.
   Enfim, eles conseguem dinheiro usando a feitiçaria de Maanape para jogar no jogo do bicho.

Brasil e Europa

   É importante notar a crítica a sociedade e ao governo, e também a atitude de Macunaíma que acaba decidindo que não é necessário ir até a Europa para alcançar seus objetivos, que deve ficar na América:

         "— Paciência, manos! não! não vou na Europa não. Sou Americano
         e meu lugar é na América. A civilização européia de certo esculhamba
         a inteireza do nosso caráter."

    O que retrata não só o nacionalismo característico das escolas litérarias de seu tempo e sua tentativa de fugir da influência e opressão estrangeiras, como também uma dura crítica aos brasileiros, que fala do seu caráter mesmo não tendo caráter nenhum.

Autora: Marina P. P.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Resumo - Capitulo XI: A velha Ceiuci

Depois de ter passado a noite brincando na pensão com a patroa, Macunaíma demonstra sua incrível habilidade para a mentira que deixa seus irmãos Maanape e Jiguê maravilhadas com tamanha inteligência. Macunaíma fala para seus irmãos que havia achado “rasto fresco ou tapir”. Os seus irmãos vão rapidamente atrás do animal. Chegando à cidade, uma grande multidão de gente se põe a procurar e nada acham. Quando descobrem, que Macunaíma mentiu, a multidão quer linchar ele e seus irmãos, este é tomado por um acesso de fraternidade e defende seus irmãos, sendo preso por um guarda civil de São Paulo.
No meio da confusão, índio consegue fugir e decidi ir ver Venceslau Pietro Pietra. Macunaíma conhece chuvisco, um curumim com quem faz uma aposta para ver quem consegue assustar o gigante Piaimã. Macunaíma perde a aposta e decidi ir pescar no igarapé Tietê. Lá, ele encontra a velha Ceiuci, mulher do gigante, e esta prende o índio, levando-o para casa, para que suas filhas o comessem. No entanto, Macunaíma brinca com a filha mais nova de Ceiuci e foge. Nessa fuga, Macunaíma faz uma viagem surrealista, passa por Manaus e logo já está na Argentina, e assim passa por todo o Brasil. A velha foi presa e Macunaíma volta para seus manos, já preocupados com a sua demora.
Cena do filme

Há uma questão muito interessante em relação as características modernistas: o surrealismo, onde o índio em uma fuga possa estar em um lugar, e em algumas linhas depois, em outro.
No modernismo a linguagem é corrida e coloquial, sem o uso do travessão e essa característica é bastante presente na obra. A antropofagia, umas das idéias modernistas também está presente, quando o índio conhece a tradição e a cultura apresentadas na época. Representa-se no seguinte trecho:
“ O policial secundou uma porção de coisas em língua estrangeira e segurou firme.
- Não estou fazendo nada! que o herói murmurava com medo.”

Autora: Jaqueline Cavalcante

Resumo - Capítulo X: Pauí - Pódole

O gigante que come gente, Venceslau Pietro Pietra, ficou muito abatido com a macumba que tinha caído sobre ele, por pedido de Macunaíma. Tal “recaída” impediu Macunaíma de pegar o muiraquitã, já que tal amuleto estava embaixo do corpo do gigante adoentado.

Venceslau Pietro Pietra

Então Macunaíma sem poder, por certo tempo recuperar seu muiraquitã, resolveu, portanto se dedicar ao estudo do aperfeiçoamento das duas línguas do Brasil, que era o brasileiro falado e o português escrito. Interrompendo assim depois de certo tempo de estudo, o discurso de um mulato na Festa do Cruzeiro, já que tal mulato dizia que as quatro estrelas do céu era o Cruzeiro do Sul, opinião que Macunaíma discordava, pois pra ele essas quatro estrelas, representavam o Pai de Mutum (Pauí-Pódole), que teve o seu corpo de ave, transformado em belas estrelas. Então Macunaíma contou para os presentes da festa a verdadeira história da constelação.

Cena do filme Macunaíma

Neste capítulo, Mário de Andrade usa a linguagem coloquial, característica modernista presente em todo o livro, onde aceita erros gramaticais. Também outra característica presente em todo o livro é a eliminação dos sinais de pontuação, onde tal eliminação tem como objetivo dá ao texto uma visão caótica e sem pausas.


Autora: Débora Lima Tavares

Resumo - Capitulo IX: Carta pras Icamiabas

Macunaíma descreve todo o seu trajeto na cidade grande para as senhoras Amazonas por meio de uma carta.
Mulheres Amazonas

O índio descreva a cidade como a maior do universo, fala sobre a querida pedra muiraquitã, que na língua dos paulistas existiam várias formas de como se escrever, apresentando línguas de outros países, explica que os “guerreiros” lá na cidade grande chamam-se policiais, guardas-civis, entre outros. Descreve também o comportamento das moças que são muito diferentes das cunhas, elas não “derribam pauladas” e nem “brincam” por “brincar”, não gratuitamente.
Macunaíma apresenta as Amazonas, o champagne, e uns “monstros comestíveis”, que eram lagostas, feita a modo de casco de mau, que tem braços, tentáculos e cauda que eram servidas em pratos de porcelanas. Neste capítulo o índio fala das várias formas de linguagem que existe na cidade de São Paulo. O autor satiriza a forma como a gramática “manda” escrever e como as pessoas realmente falam, Macunaíma escreve conforme a grafia arcaica de Portugal, apresentando claramente a diferença das regras normativas e da língua falada: “ Ora sabereis que sua riqueza de expressão intelectual e tão prodigiosa, que falam numa língua e escrevem noutra” (pág. 106), apresenta também as diferentes culturas e o misto de “povos” na cidade, como por exemplo os italianos.

Autora: Ammy Lira

sábado, 2 de abril de 2011

Resumo - Capítulo VIII: Vei, a sol.

Seguindo, Macunaíma topou com a árvore Volomã, cujos galhos estavam carregadinhos de variadas frutas, pediu uma e Volomã negou. Então o herói pronunciou algumas palavras mágicas e todas foram para o chão. Volomã ficou com ódio, atirou-o pelos pés em uma ilha deserta. Demorou tanto a cair que dormiu durante o percurso. Lá um urubu fez necessidade em sua cabeça. Então passou Caiuanogue, a estrela-da-manhã, Macuníma já cansado de viver lhe pediu que o levasse para o céu,  ela foi-se chegando, porém ele fedia muito e disse: “Vá tomar banho! E foi embora.  E ninguém queria trazê-lo de volta, por conta do fedor dele.
Vei, a sol

  Vei, a Sol deu-lhe carona em sua jangada juntamente com suas três filhas, pois pretendia torná-lo seu genro. Mas para isso disse-lhe que não poderia brincar com nenhuma outra cunhã. Nem bem saíram para iluminar o dia, Macunaíma encontrou uma portuguesa com quem “brincou” demoradamente. Quando chegaram encontraram o herói “brincando”, então as três filhas de luz se zangaram e falaram para sua mãe Vei, que não consentiu que o herói se casasse com nenhuma, elas o deixaram e foram para um hotel. À noite uma assombração comeu a portuguesa e o herói voltou para a pensão.

Neste capítulo há a presença de mitos próprios da cultura indígena e palavras também, já que o autor considerava essa uma cultura propriamente brasileira, temos ainda a falta de pontuação e linguagem coloquial, aí está muito presente a vanguarda denominada dadaísmo, pois esta não se preocupava com a forma.


Autora: Aline Nogueira

Resumo - Capitulo VII: Macumba

Nesse capítulo Macunaíma realiza uma macumba pra se vingar do gigante, pois não tinha força para enfrentá-lo. No Romantismo, o herói é uma figura que mostra força e coragem, e Macunaíma, por ser um anti-herói, é desprovido dessas características, porque no Modernismo eles buscam uma quebra com a tradição, buscam inovar.
Macunaíma que estava em São Paulo, dirige-se ao Rio de Janeiro, à procura de uma tribo que possa realizar esse ritual de macumba. Percebemos nisso uma questão cultural, pois para conseguir a vingança o índio muda de cidade, onde tenha o que procura.
Exu, como era chamado o diabo que estava tentando baixar no corpo, veio em uma menina, e todos comemoraram para em seguida fazer pedidos. Nesse trecho do livro podemos perceber que não há o uso de vírgulas: “A mãe-de-terreiro veio vindo veio vindo”(pág. 78, Macunaíma, Martins editora), uma característica do Modernismo, o não uso da pontuação. Exu permite a Macunaíma torturar Venceslau através do corpo do próprio diabo, e ele o faz. Quando termina, Exu vai embora e as marcas do corpo que foi usado vão sarando e o sucesso da macumba é comemorado, enquanto Venceslau sangra e os médicos entram em desespero.

No último parágrafo do capítulo, há um trecho que diz: “Então tudo acabou se fazendo a vida real” e Mário de Andrade cita autores que participaram da Semana de Arte Moderna, como Manuel Bandeira, Raul Bopp, Antônio Bento, entre outros, associando eles a macumbeiros, como se fizessem feitiços na arte.

Autora: Scarlett Syssi