quinta-feira, 31 de março de 2011

Resumo - Capitulo VI: A francesa e o gigante


Macunaíma queria ter uma moradia, mas seus irmãos não estavam o ajudando, então resolveu aprontar com eles. Pediu para o bicho morder a língua de Manaape quando tomasse café e que chupasse o sangue de Jiguê quando dormisse, eles ficaram com raiva de seu irmão. Depois jogaram a bola no nariz de Macunaíma para se vingarem. E foi assim que Manaape inventou o bicho do café, Jiguê a largada-rosada e Macunaíma o futebol.

Macunaíma queria ir à casa do gigante, mas este já conhecerá muito bem, então ligou para o mesmo se fazendo de uma francesa que queria lhe propor alguns negócios. Emprestou roupas e acessórios da dona da pensão para aparecer bastante atraente. Chegando lá comeu e bebeu e perguntou ao gigante se ele possuía uma muiraquitã, ele a mostrou. A ‘’francesa’’ tentou comprar ou emprestar esta, mas o gigante não aceitou nenhuma de suas propostas e contou que era um colecionador de pedras e que poderia mudar de idéia se fossem brincar, com isso ela fugiu ,saindo correndo pelo jardim e o gigante atrás.

Macunaíma entrou em um buraco e o gigante tentando retira-lo, que tirava peça por peça e mandava Venceslau que o jogará bem longe. O herói ficou com inveja do gigante, então resolveu colecionar palavras feias que tanto gostara.
Este é livro nacionalista que apresenta ausência de pontuação que é influenciado pelas vanguardas européias. E também retrata culturas de outros povos que são uma das características do modernismo, mas em sua segunda fase, outra característica é a satirização como, por exemplo, quando Macunaíma se veste de francesa para tentar recuperar sua muraquitã.



Autora: Priscilla Lima 

Resumo - Macunaíma V: Piaimã

São Tomé

      O quinto capítulo da obra narra a viagem de Macunáima até São Paulo. Macunaíma deixa sua consciência em um local seguro e os irmãos fazem uma parada para se banhar em uma cova, que seria formada pela pegada de Sumé (São Tomé, um apóstolo). Essa água sagrada faz com que Macunaíma fique branco, Jiguê vermelho e Maanape apenas clareia as palmas de suas mãos e pés.
      Nesse momento da história simula-se o mito da criação das raças e é demonstrado também a visão do negro na época, que ainda sofre com a recente lembrança da escravidão. Essa recriação dos mitos e busca do folclore é típica do primitivismo.

       Depois disso os três chegam à cidade de São Paulo, onde finalmente os pássaros param de segui-los. Também descobrem que o seu dinheiro (sementes de cacau) nada vale e quase desiste diante da possibilidade de ter que trabalhar, porém Maanape consegue trocar o cacau por um pouco de dinheiro.          
Moeda de Época

       Macunaíma dorme com francesas assim que chega na cidade. De dia acorda assustado com os barulhos da cidade e descobre que tamanho alvoroço é causado pelas máquinas. 
       Ele não entende a relação entre o homem e a máquina. Esse primeiro contato com a cidade mostra o contraste entre a natureza e a cidade, que repentinamente está cheia de inovações, refletindo a revolução industrial que acontecia nesse momento histórico e seria um dos principais pontos das novas escolas literárias que surgiam. Muitas das escolas se inspiravam nessas tecnologias novas, como por exemplo o futurismo cujo o principal representante era Marinetti.

    Quando volta para pensão onde estão seus irmãos Macunaíma está com sapinhos na boca, sendo curado por seu irmão Maanape que era feiticeiro. Depois disso Macunaíma e Maanape vão até a mansão do peruano Venceslau Pietro Pietra para procurar a muiraquitã, aproveitando para usar a árvore do peruano para caçar.
    Então eles são flagrados por Venceslau que revela ser Piaimã, o gigante comedor de gente. Piaimã mata Macunaíma e prepara-se para comê-lo, mas Maanape o salva com a ajuda de uma formiga e um carrapato. 
    O herói, ressuscitado pelo irmão, busca uma garrucha, balas e uísque com os ingleses e depois ofende a mãe do gigante na "máquina telefone".
    Nota-se que Mário de Andrade tem uma visão crítica sobre a miscigenação de raças e dirige suas críticas também aos estrangeiros que influenciavam e enfluenciam muitas áreas do país. Piaimã revela a figura do estrangeiro civilizado que se aproveita dos mais pobres.                                    

Autora: Marina Pereira Pires

quarta-feira, 30 de março de 2011

Resumo - Capitulo IV: Boiúna Luna

O capítulo IV retrata o episódio em que Macunaíma despedia-se das amazonas, chamados no livro de icamiabas, e seguiu rumo às matas misteriosas. Macunaíma ia caminhando, até ouvir o barulho dos lamentos de uma moça. Era a cascata, e esta decidiu contar a sua história a Macunaíma. Ela conta a história do mostro boiúna chamado de Capei. Enquanto ouvia as histórias, Macunaíma ouviu um urro e viu Capei saindo da água. O mostro soltou uma nuvem de marimbondos e após uma luta, Macunaíma decepa a cabeça do mostro e essa passa a ser sua escrava. Mas o índio e seus mamos rejeitam a cabeça e esta decidi se transformar em Lua.

 Depois disso percebe que havia perdido sua muiraquitã em uma das suas fugas. Decidiu voltar a beira do rio e nada da muiraquitã. Muito triste Macunaíma deitara sobre a sombra, e um pássaro uirapuru contou a ele onde havia perdido sua muiraquitã. Contou ao índio que uma tartaruga havia engolido seu talismã, e que um mariscador a apanhara e vendera a um rico fazendeiro chamado Vanceslau Pietro Pietra que morava em São Paulo.

 Então, Macunaíma decide ir a capital para recuperar o que havia perdido. Nesse capitulo, há muitas características relacionadas ao modernismo do século XX. Um exemplo:
“Campearam campearam em vão, e nada da muiraquitã. Decidiram perguntar a todos os seres, paeremas sagüis tatus-mulitas tijus mussuãs da terra e das árvores, tatriacabas chabás matinta-perecas pinica-paus e aracuãs do ar, pra ave japiim e seu compadre marimbando, pra baratinha casadeira[...] pras tambaquis tucunaris pirarucus curimatãs do rio[...]”
Nesse trecho, pode-se perceber a despreocupação com a falçta de pontuação. Mário de Andrade utilizou da linguagem coloquial, como no trecho:
“Chamou dipussa os manos, despediu-se das icamiabas e partiu”
Mário aprofundou-se nas idéias modernistas, e apropriou-se das tradições indígenas, uma característica presente no primitivismo.

Autora: Jaqueline Cavalcante

terça-feira, 29 de março de 2011

Resumo - Capítulo III: Ci, Mãe do Mato

Este capítulo do livro de Macunaíma conta o encontro de Ci, Mãe do Mato e de Macunaíma, onde ambos mais tarde se casam.
Macunaíma a primeira vista, tenta conquistar Ci, porém isso não seria tão fácil, já que ela não aceitava a presença masculina, por ser uma Rainha Amazona, por conseqüência disto o herói apanha feio. Assim Macunaíma pede ajuda dos seus irmãos Maanape e Jiguê, para segurar a Guerreira Amazona, a partir disso eles conseguem imobilizá-la e Macunaíma consegue finalmente “brincar” com Ci, Mãe do Mato, transformando-se imediatamente no novo Imperador do Mato Virgem.
                                                    Guerreira Amazona

Depois de todo esse acontecimento a Guerreira Amazona, casa-se com o Macunaíma, quebrando assim uma grande tradição de sua tribo e de sua cultura, já que as índias Amazona não se casavam.
A Mãe do Mato e o Imperador do Mato Virgem, inventam assim divertidas formas de “brincar” e o resultado de tais “brincadeiras” é o nascimento de um menino encarnado, que morreu mais tarde envenenado, em conseqüência de mamar no único peito de Ci, onde a Cobra Preta tinha infectado. Depois do enterro do menino encarnado, Ci resolveu deixar de viver, virando assim uma estrela e deixando de lembrança pra Macunaíma o seu muiraquitã. A partir disto podemos afirmar que amuleto recebido por Macunaíma estimulou todo o restante do livro.

                                                         Muiraquitã

Mário de Andrade do final deste mesmo capítulo representa uma lenda da Amazônia, onde o guaraná teria sido originado pelo tumulo do filho de Macunaíma.
                                     Lenda do Guaraná

Mário de Andrade montra nesse capítulo a cultura e a lenda da Amazônia, utilizando-se de termos indígenas. Há também características do modernismo, como o bom humor, a piada e a ironia. Portanto à também outras características como a liberdade de expressão, onde o escritor segue a sua própria interioridade, quebrando assim “barreiras”, como é o caso da união entre uma Amazona e um ser masculino. Neste mesmo capítulo a presença de características do futurismo, como a ausência de pontuação, que faz com que o texto fique sem pausas. No texto também, se encontra uma “apatia”, ou seja, mostra a verdadeira falta de coragem do homem, onde tal representa as virtudes e as desvirtudes do ser humano e tal argumento esta presente em decorrer de todo o livro:
“- Ai! que preguiça!...” 
Porém à também uma característica do realismo, que é o materialismo do amor, onde a mulher é vista como fonte de prazer.


Autora: Débora Lima Tavares

Resumo - Capitulo II: Maioridade

Jiguê, apareceu com a nova companheira, Iriqui, uma linda índia que pintava-se com araraúba e jenipapo,passava coquinho de “assai” (palavra de ortografia incorreta, é característica do modernismo) nos beiços que ficavam roxos.
Não se tinha mais caça pelo fato de Maanape ter matado um “bôto” para comerem e sapo cunauru chamado maraguigana que era pai do boto ficou irritado, por isso mandou uma enchente e o milharau apodreceu.
Macunaíma resolveu divertir-se e pregou uma peça nos irmãos fazendo com que eles procurassem timpó, o que não existia a um bom tempo, porém os irmãos confiando em Macunaíma foram assim mesmo, o índio ria, pois sabia da verdade, enquanto seus irmãos trabalhavam na procura do timpó. Contrariado pela fome, Macunaíma pegou sua mãe e a levou para o outro lado do rio, onde havia muita comida, como os irmãos também tinham fome, ela resolveu levar um pouco de banana para eles, o índio ficou irritado pedindo que a mãe fechasse os olhos, levando-a de volta para a aldeia, onde todos passam fome.
Irritada com o filho, o carregou pela cintura, atravessou o mato, chegou no capoeirão, chamado cafundó do Judás, lá deixou Macunaíma e desapareceu.
Macunaíma andou, andou e encontrou-se com o curupira, pedindo-lhe um pouco de comida e assim curupira cortou um pedaço da perna, moqueou e deu ao menino, explicou o caminho de volta errado, pois queria mesmo comer Macunaíma, este agradeceu e foi embora, o curapira começou a chamar “carne de minha perna”, para encontrar o índio, pois a carne respondia por dentro do estomâgo de Macunaíma, o menino começou a acelerar o passo, despistando o curupira, ao chegar a um lago, bebe lama e vomita a carne.

Macunaíma andou, andou, andou e encontrou a cotia, deu aipim para ele comer, deu-lhe um banho, torno-o um homem crescido, porém com cara de menino, enfim, o herói consegue voltar para casa e sonha com a queda de um dente que significa a morte.
Jiguê deixa Iriqui para Macunaíma e logo de manhã cedo, o índio resolve caçar, mata uma viada, porém percebe que era a própria mãe que flechara e ela estava morta. Macunaíma chamou os irmãos e choraram pela mãe, enterram-na. Juntaram-se Macunaíma e Iriqui, Maanape e Jiguê, e partiram os quatro mundo afora.


Autora: Ammy Lira

Resumo - Capitulo I: Macunaíma

Macunaíma, herói de nossa gente nasceu às margens do Uraricoera, era preto retinto. Passou seis anos sem falar, e quando insistiam, exclamava: “Ai! Que preguiça”. Ficava espiando o trabalho dos outros, principalmente de seus irmãos Maanape e Jiguê. Adorava decapitar saúvas e tomar banho de rio com a família, todos juntos e nus. Se cunhatã lhe fazia festinha, punha-lhe as mãos nas graças, cunhatã se afastava. Nos machos cuspia na cara, mas respeitava os mais velhos, e freqüentava todas as danças religiosas da tribo.
Nas conversas das mulheres o assunto era sempre suas peraltagens. Numa pajelança Rei Nagô avisou que ele, Macunaíma era inteligente. Aos seis anos deram água num chocalho pra ele e Macunaíma principiou a falar com todos. Ele pedia a sua mãe que o levasse pra passear no mato, mas ela nunca podia por estar sempre trabalhando, então pediu que sua nora, companheira de Jiguê, Sofará que levasse o menino. A moça o carregou nas costas até a beira do rio, mas ele não quis ficar lá por ter muita formiga, disse pra Sofará levá-lo até o derrame do morro lá dentro do mato. Mas assim que ela deitou o curumim nas tiriricas, ele botou o corpo num átimo e ficou um príncipe lindo e eles andaram muito por lá. A moça chegou fatigada em casa de tanto carregar ele nas costas e de “brincar”, quando Jiguê chegava na maloca e encontrava o serviço por fazer, catava os carrapatos dela e dava-lhe uma grande surra, a qual recebia calada.
 Um dia Macunaíma pediu novamente para sua mãe o levar no mato, ela não podia e Sofará se ofereceu para levá-lo, quando posto nos carurus e sororocas e transformou novamente em um príncipe lindo, pediu que ela esperasse e foi atrás do rastro de uma anta e conseguiu capturá-la, na hora de repartir só lhe deram tripas, ele jurou vingança. No dia seguinte foram passear novamente e Sofará se transformou em uma onça suçuarana e "brincou" violentamente com o herói, sendo assistidos por Jiguê. Este deu uma surra no herói, levando Sofará de volta ao pai..





        Abordam-se muitas questões culturais e logo no início do capítulo faz-se referencias a miscigenação que temos no país, quando o autor fala que Macunaíma era "preto retinto". Daí, notamos que o herói é uma mistura de negros e índios. Há várias demonstrações da cultura indígena, exemplos são os trabalhos que homens e mulheres realizavam dentro da comunidade e que não havia individualismo, o que era caçado era repartido entre todos, outro exemplo, mas demonstrado de forma exagerada, é colocar um índio preguiçoso ao extremo. 
        Linguagem coloquial, com presença massiva de palavras indígenas, a eliminação dos sinais de pontuação, estes tornam-se facultativos, sua eliminação frequente, visa dar ao texto um aspecto caótico ou febril

Autora: Aline Nogueira

terça-feira, 15 de março de 2011

Macunaíma e a Revolução Comunista


            Macunaíma foi um livro publicado em uma época de grandes mudanças, não só no Brasil como no mundo inteiro, especificamente no ano de 1928. Uma dessas mudanças foi a crescente influência do comunismo no país quando em 1922 surgiu o Partido Comunista do Brasil, que se baseava nos princípios do marxismo-leninismo com grandes penetrações nos sindicatos.
            Essa ideologia vinha da revolução russa. No passado a Rússia seguiu a monarquia absolutista por muito tempo e enquanto os ricos eram poucos, os pobres eram muitos. Foi natural o nascimento dos movimentos contrários a ordem estabelecida. O Comunismo antagonizava com o absolutismo na Rússia, trazia em seu bojo o ideal de reverter a ordem estabelecida. Assim a revolução na Rússia prosperou rapidamente e os revolucionários são alçados ao poder. Essa vitória foi suficiente para mostrar ao mundo os ideais comunistas. Essas idéias que nasceram das complicadas lutas russas viriam a se espalhar pelo mundo, chegando até o Brasil e influenciando muitas pessoas.
            No Brasil o período de 1922 a 1930 também se caracteriza por definições no quadro político partidário. Em 1922 é criado o Partido Comunista. Em 1926 surge o Partido Democrático, de larga penetração entre a pequena burguesia paulista e que teve, entre seus fundadores, Mário de Andrade. 
           Tudo isso vem influenciar o movimento modernista que tinha justamente a necessidade de novas definições além de promover o rompimento com todas as estruturas do passado. Daí o caráter anárquico dessa primeira fase do movimento modernista e seu forte sentido destruidor, assim definido por Mário de Andrade:


(...) se alastrou pelo Brasil o espírito destruidor do movimento modernista. Isto é, o seu sentido verdadeiramente específico. Porque, embora lançando inúmeros processos e idéias novas, o movimento modernista foi essencialmente destruidor. (...)
          
Mario de Andrade como se vê, é fortemente influenciado pelo contexto de sua época e produz sua obra prima Macunaíma que carrega as características importantes e significativas como o rompimento com o passado, o caráter anárquico e o nacionalismo crítico.





Autora: Marina P. P.
Referência: Modernismo, de Sérgio Milliet e Site AlgoSobre.

domingo, 13 de março de 2011

Primitivismo

Os autores do Modernismo procuraram no índio e no negro o primitivismo, os elementos primordiais da cultura brasileira que proporcionariam a reconstrução da realidade nacional, e procuraram retratar a mistura de culturas e raças existente no país. 
Quase todos os criadores da primeira fase modernista vivem a dimensão primitivista. Apropriam-se assim da mitologia do povo, das tradições dos índios, etc., sem, no entanto, se aprofundar nos temas.
Formaram-se vários grupos, proclamaram-se muitos movimentos, todos insistindo em sua autenticidade nacionalista. As mais significativas dessas tendências foram o Pau-Brasil e a Antropofagia, ambas criadas por Oswald de Andrade.

Manifesto Pau-Brasil

Escrito por Oswald de Andrade, publicado no jornal “Correio da Manhã”, em 18 de março de 1924, apresentou uma proposta de literatura vinculada à realidade e características culturais do povo brasileiro, com a intenção de causar um sentimento nacionalista.
"(...)uma curiosidade  original deste povo. Ora sabereis que a sua riqueza de expressão intelectual é tão prodigiosa, que falam em uma língua e escrevem em noutra..."
"(...)discretando sobre o z do termo Brazil e a questão de pronome "se". Outrossim, hemos adquirido muitos livros bilíngues, chamados "burros", e o dicionário Pequeno Larrouse; e já estamos em condições de citarmos no original latino muitas frases célebres dos filósofos e os testículos da Bíblia."

Antropofagia

Sua origem se dá a partir de uma tela feita por Tarsila do Amaral, em janeiro de 1928, batizada de Abaporu ( aba= homem e poru = que come). Assinado por Oswald de Andrade tinha como diz Antônio Cândido, “uma atitude brasileira de devoração ritual dos valores europeus, a fim de superar a civilização patriarcal e capitalista, com suas normas rígidas no plano social e os seus recalques impostos, no plano psicológico”
"Então Macunaíma contou o paradeiro do muiraquitã e disse pros manos que estava disposto a ir pra São Paulo procurar esse tal de Venceslau Pietro Pietra e retornar o tembetá roubado."
 A partir desse anti-herói o autor enfoca o choque do índio com a tradição e a cultura européia presente na cidade de São Paulo, e é aqui que se vê o traço antropofágico e procurando-se valorizar o que era do Brasil e apresentando uma postura antropófaga no sentido de comer aquilo que merecia ser comido da arte estrangeira.



Autora: Jaqueline Cavalcante
Referência Bibliográfica: ANDRADE, Mário de. Prosa Modernista - Macunaíma. Rio de Janeiro: Editora Agir,2010.

Modernismo

O início do século XX poderia ser datado no ano de 1895, século do Modernismo.  Esta licença histórica se explica pela importância que esta data teve na história das idéias artísticas que vieram depois. Em 1895, os irmãos Lumiére lançaram, na França, uma nova invenção: o cinematógrafo. Em 1906, em Paris, o brasileiro Santos Dumont realizou com seu 14-bis o primeiro vôo mecânico do mundo, feito proclamado no mundo inteiro. Em 1917, a Revolução russa transformou profundamente as bases socioeconômicas do país. Em 1919, a Grande Guerra chega ao fim, e nova onda otimista atingiu a Europa, era o auge e o fim da chamada "belle époque".  A rebeldia, todas as liberdades eram proclamadas. Esse ambiente favorece o surgimento de novas idéias estéticas. A Grande Guerra de 1914-1918 não somente assinalou o declínio econômico, político e militar da Europa, como também o fim de uma respeitável continuidade cultural. As enormes modificações que a tecnologia e a fabricação em massa, que se avolumaram com a crescente urbanização geral das sociedades durante o século 19, não podiam deixar de afetar as artes.

O que essas mudanças influenciaram no movimento? O Modernismo tem como características a liberdade de expressão, sem ser censurado, os autores não precisavam se guiar por outras leis, podiam expressar sua opinião, como antes já foi dito:  liberdade proclamada. Incorporação do cotidiano, um  exemplo perfeito é Os sertões, obra Pré- Modernista que narrou os conflitos que estavam ocorrendo na Bahia, o dia-a-dia, a linguagem fiel aos acontecimentos, destacando os personagens como Antônio Conselheiro. Linguagem coloquial, outra característica que marca as obras modernistas , uma linguagem mais comum, espontânea, com gírias, que admite erros gramaticais, como podemos ver no trecho de Macunaíma: “- Agora o quê, parceiro? – Vou atrás do gigante que matou meu mano” (Livro Macunaíma, Editora Agir, página 57). Inovações técnicas, com esse período de mudanças, além da linguagem, houve um rompimento com os padrões culturais, uma evolução na escrita,  presentes nas obras modernistas, como por exemplo o verso livre, a não necessidade da rima, a destruição dos nexos, que são as preposições, conjunções, entre outros, tornando a leitura mais simples e solta, a eliminação dos sinais de pontuação como dois pontos, travessões, vírgulas, entre outros.
A obra Macunaíma tem como personagem principal  o índio que foge dos padrões conhecidos pela sociedade, e é definido pelo autor Mário de Andrade como “o herói sem nenhum caráter”. O autor radicaliza o uso literário da linguagem oral e popular (linguagem coloquial). O que pude concluir foi que as mudanças não só nacionais, mas também globais, a evolução da tecnologia, os conflitos, resultaram em uma mudança social, escrita, oral na arte como um todo: música, literatura, teatro, pintura e isso é visto na obra através do índio Macunaíma que é um herói diferente: preguiçoso, egoísta, safado, inteligente, capaz de exercer influência sobre todos a sua volta.




Autora: Scarlett Syssi
Referências:
Livro Macunaíma, Editora Agir
 http://www.profabeatriz.hpg.ig.com.br/literatura/modernismo.htm
                       http://www.angelfire.com/mn/macunaima/#Modernismo

Contexto Histórico - Revolução Russa

 A Revolução Russa teve dois momentos turbulentos no ano de 1917, um em fevereiro e outro em outubro, onde os trabalhadores rurais exigiam por trabalho digno e uma melhoria de vida
A Rússia sustentava-se pela agricultura, ela dependia da mesma. Os trabalhadores rurais viviam na pobreza, miséria, pagavam impostos altos e os trabalhadores operários trabalhavam cerca de doze à dezeceis horas, em lugares sujos, eram explorados.
Neste período a Rússia era governada por Nicolau II (czar), este governava de modo absolutista, ou seja, não dava espaço para a democracia. Em 1905 czar mandou fuzilar milhares de manifestantes, este dia ficou cnhecido como “Domingo Sangrento”. A partir dali, começa a formação do grupo suviete, estes eram trabalhodores russo liderados por Vladmir Lênin, os bolcheviques, prepararam uma revolução socialista na Rússia, juntamente com q queda da monarquia.

A Rússia enfrentava problemas econômicos, e o governo de czar manteve o país na primeira guerra mundial. Para que pudesse se manter na guerra o governo, no início de 1917 estabeleceu limites na distribuição de alimentos no país,porém,os alimentos do mesmo modo chegaram ao fim. A população revoltou-se com as enormes filas e a fome que houve, criando assim, situações tensas em várias cidades. Então os parlamentares da Dumna fizeram uma manifestação contra o governo czar, esta manifestação recebeu o apoio dos trabalhadrores operários que po sua vez, lutavam por trabalhos mais dignos, com salários satisfatórios e oito horas diárias. As manifestações contra czar aumentva, os trabalhadores rurais e soldados militares que se recusaram a atirar ou agir contra os manisfestantes e grupos a favor da quueda do governo, como os  bolcheviques uniram-se ao movimento com a decisão de acabar com o latifúndio, de todas as propriedades improdutivas, pela paz e  fim da guerra,com todos os grupos unido,o czar Nicolau II,foi obrigado a renunciar o poder.O país passou então a ser governado pelo comitê provisório da Duma,pelo prícipe Lvov ,com apoio dos mencheviques,liderado por Alexander Kerenski,porém este governo não mudou muita coisa na Rússia e em Julho do mesmo ano,o príncipe renunciou,deixando o governo nas mãos de Kerenski, este apoiava a revolução burguesa, ele reduziu a carga horária para oitos horas, decretou liberdade de imprensa e legalidade dos partidos políticos, mas ainda mantinha a Rússia na guerra, o que levou a sociedade à miséria, os soldados, para piorar a situação, combatiam sem materiais. Enquanto isso os bolcheviques surgiram, como o grupo mais preparado para adaptar o processo revolucionário. Lênin (líder dos bolcheviques) em sua concepção tratava-se de um grupo seleto, profissional, que tinha a compatencia de liderar na hora da revolução.

Os mencheviques defendiam a ditadura do proletariado, já os bolcheviques defendiam o socialismo, as conquistas de Kerenski, só poderiam se manter e expandir com a ditadura do proletário,então,Lênir,com os bolcheviques mastraram à sociedade as péssimas condições que se encontravam os camponeses e que a Rússia ainda estava na guerra.
Em outubro de 1917 Lênin organizou uma nova revolução e esta se baseava nas palavras “paz, terra e pão” que era as palavras conclusivas de toda a situação da Rússia naquele momento, na visão de Lênin. Esta manifestação passou a exigir que a Rússia se retirasse da guerra, que tivesse uma reforma agrária e uma melhor condição de vida na sociedade. Com isso o governo de Krenski iria chegando ao fim, pois a moblização popular aumentou, e os bolcheviques ganharam mais um líder, Leon Trotsky.

Os Bolcheviques tinham em menta que o poder deveria ser passado antes do acontecimento do “segundo Congresso Pn- Russo dos Sovietes”, porém,Kerenski resistiu,tentou combater os bolcheviques, mas foi em vão, abandonado por seus militares, pois os revolucionários começaram a conbater os correios, telégrafos, ferrovias e outros pontos, viu-se só, abandonou Petrogrado, dando assim, total liberdade para o congresso dos sovietes, que declarou um governo operário e camponês, no dia 25 de outubro de 1917.
A primeira decisão tomada foi retirar a Rússia da guerra, Lênin também fez um único partido: o PC (Partido Comunista), e juntamente com estados que se separaram da Rússia na fase da revolução, implantou a URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas).



Autora: Ammy Lira
Referência Bibliográfica: MACHADO, Ronilde Rocha e GRANGEIRO, Cândido Domingues (Coleção RSE). História: Ensino Médio,  ano. Brasília: Cisbrasil, 2008.



Contexto Histórico - Primeira Guerra Mundial

A Primeira Guerra Mundial foi um confronto bélico, que envolveu todas as potencias do mundo como França, Alemanha, Estados Unidos da América, Rússia e entre outros. E que exigiu o recrutamento, não só do exercito como também da produção. Tal recrutamento deixou a economia e a política parada fazendo com que cada potência ficasse responsável pela sua própria economia e com que cada cidadão se tornasse do exercito, para assim lutar na guerra, defendendo sua nação. Uma das causas da Grande Guerra foi a desigualdade entre nações, porém o assassinato do Príncipe Francisco Ferdinando, pelos Sérvios, foi a gota d'agua.
As inovações tecnologias usadas na Primeira Guerra Mundial, como – tanques de guerra - mostravam que o mundo tinha uma capacidade inimaginável. Então esse conflito apresentou duas fases: que foi a guerra de movimento (em que estava relacionada com o Plano Schlieffen) e a guerra de trincheiras. Os alemães acreditavam que derrubariam a França em um rápido duelo e que em seguida também acabariam com a Rússia, dando assim a vitória tão desejada em poucos meses, porem a realidade não aconteceu como o imaginário dos alemães, já que eles violaram sua neutralidade, atravessando o território belga, em busca da invasão da França. E essa falha serviu como desculpa para Inglaterra declarar guerra a Alemanha. A França salvou-se do ataque da Alemanha, pois a Rússia estava o enfrentando frente a frente, fazendo com que eles precisassem de todos os soldados possíveis.

         Com o fracasso da guerra do movimento começou-se a guerra de trincheiras, com novas potências mundiais como Japão e Itália. Nesta guerra cada país defendia sua nação, com unhas e dentes, porém os alemães estavam ganhando várias guerras e aprisionando milhões de russos.
O ano de 1917 foi decisivo para os russos, já que depois de inúmeras derrotas, que aceleraram a queda da autocracia, teve como resultado oficial a saída de tal nação da guerra em 1918. Ainda no ano de 1917 a Itália foi derrotada pelos austríacos ficando assim fora da guerra. E com duas grandes potencias mundiais fora da guerra, às grandes nações começaram a se preocupar, como é o caso da Alemanha, que bloqueou a Inglaterra, dificultando assim o abastecimento da Grã-Bretanha.
A partir disso os Estados Unidos, que se mantinha “escondido”, enviando apenas alimentos e armas para os países europeus, resolveu então entrar para guerra em 1917, já que estava se sentido ameaçado pelos alemães. Com a entrada dos Estados Unidos, as grandes potências aliadas a ele se fortaleceram contra os alemães, já que os Estados Unidos vinha com uma grande demanda de armas, navios, aviões e soldados que levou inúmeras vezes a derrota da Alemanha e de outras potências centrais.


Depois de tantas derrotas, o governo da Alemanha assinou o Armistício de Compiegne finalizando assim a Primeira Guerra Mundial. Porém muito antes do fim da guerra, o presidente Wilson, planejava uma estratégia para a negociação de paz. E baseado nessa idéia o Tratado de Versalhes considerou a Alemanha culpada pela guerra, sendo assim reprimida, pois foi proibida de construir navios de guerra, perdeu suas colônias e foi obrigada a indenizar as potencias mundiais que a derrotou.

O Tratado era coordenado pelos presidentes dos Estados Unidos, França e Inglaterra que oficializou a criação da Liga das Nações que obteve alguns resultados em suas lutas sociais pela a melhoria de condição de trabalho e apoio dos países ricos, aos pobres. No mesmo ano ocorreu o Tratado de paz de Saint-Germain que desmembrou o Império austro-húngaro, que forçou a reconhecer a independência da Polônia.


Autoras: Débora Lima Tavares e Priscilla Leão de Lima
Referencia Bibliográfica:
VINCENTINO, Cláudio. História Geral - ed. atual. e e ampl. - São Paulo: Scipione, 2002.


sexta-feira, 11 de março de 2011

Contexto Histórico - República no Brasil

O autor Mário de Andrade, em uma de suas obras mais conhecidas faz inúmeras referencias à temáticas vigentes na época, que já vinha vivendo momentos de instabilidade política. O contexto histórico em que o livro se insere é justamente no fim da República Velha.

A Primeira República Brasileira, chamada comumente de República Velha, foi o período da historia do Brasil que compreendeu a Proclamação da República, em 1889, até a ascensão de Getúlio Vargas em 1930. Esse período possui a seguinte divisão: República da Espada (1889-1894), que ganhou esse nome pelo fato de os governantes serem militares e República do café com leite (1898-1930) que recebeu essa denominação devido ao revezamento no poder de representantes do partido paulista e mineiro.

O livro Macunaíma, foi escrito na década de 20, e esta inserido no período da República do café com leite, justamente quando o país passou a sofrer com a crise e acontecimentos que puseram fim à República Velha, como a quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque e com isso a falência da economia cafeeira. Outros episódios foram igualmente marcantes nessa década: a crise política que se seguiu a eleição de Artur Bernardes, em 1924; o descontentamento militar que culminou no levante do Forte de Copacabana que quis impedir a posse de Bernardes; uma nova revolução tenentista de 1924 em São Paulo e a formação da Coluna Prestes.

O governo de Artur Bernardes também foi palco da Semana de Arte Moderna, inaugurando o Modernismo no Brasil.

Esse ciclo da vida política brasileira se encerra 1930, quando o então presidente Washington Luís rompe com o pacto estabelecido na política do café-com-leite ao indicar um candidato paulista à presidência, Júlio Prestes. Esse rompimento fortalece a oposição, organizada na chamada Aliança Liberal que tinha como candidato à presidência Getúlio Vargas e João Pessoa como vice. Devido a fraudes eleitorais Júlio Prestes é eleito causando insatisfação da maioria, inclusive de tenentes. Alguns deles iniciaram uma conspiração para impedir a posse de Prestes.

O estopim do movimento foi o assassinato de João Pessoa. O alto-comando militar do Rio de Janeiro desencadeia o golpe e depondo Washington Luís do poder, empossa de forma provisória Getúlio Vargas, à presidência da República.
Protagonista desses acontecimentos, Mário de Andrade fez o seguinte registro:
"Mil novecentos e trinta... Tudo estourava, políticas, famílias, casais de artistas, estéticas, amizades profundas. O sentido destrutivo e festeiro do movimento modernista já não tinha mais razão de ser, cumprindo o seu talento legítimo. Na rua, o povo amotinado gritava: - Getúlio Vargas!..."

Um trecho do livro Macunaíma nos mostra a opinião do autor sobre o cenário político da época, através de um dos diálogos.
- Meus senhores, a vida dum grande centro urbano com São Paulo já obriga a uma intensidade tal de trabalho que não permite-se mais dentro da magnífica entrosagem de seu progresso siquer a passagem momentânea de seres inócuos. Ergamo-nos todos una você contra os miasmas deletérios que conspurcam o nosso organismo social e já que o Governo cerra os olhos e delapida os cofres da Nação, sejamos nós mesmos os justiceiros...

O autor deixa explicito haver um certo descontentamento popular em relação ao governo, que se preocupava principalmente com seus próprios interesses, deixando claro a sensação de abandono em que a maioria se enquadrava, isso reflete bem o momento em que o pais passava, esse que era um momento transitório, pois o modelo baseado no rodízio de paulistas e mineiros ao poder já mostrava sinais de desgaste.



Autora: Aline Nogueira
Referencia Bibliográfica:
ANDRADE, Mário de. Prosa Modernista - Macunaíma. Rio de Janeiro: Editora Agir,2010.