terça-feira, 29 de março de 2011

Resumo - Capitulo I: Macunaíma

Macunaíma, herói de nossa gente nasceu às margens do Uraricoera, era preto retinto. Passou seis anos sem falar, e quando insistiam, exclamava: “Ai! Que preguiça”. Ficava espiando o trabalho dos outros, principalmente de seus irmãos Maanape e Jiguê. Adorava decapitar saúvas e tomar banho de rio com a família, todos juntos e nus. Se cunhatã lhe fazia festinha, punha-lhe as mãos nas graças, cunhatã se afastava. Nos machos cuspia na cara, mas respeitava os mais velhos, e freqüentava todas as danças religiosas da tribo.
Nas conversas das mulheres o assunto era sempre suas peraltagens. Numa pajelança Rei Nagô avisou que ele, Macunaíma era inteligente. Aos seis anos deram água num chocalho pra ele e Macunaíma principiou a falar com todos. Ele pedia a sua mãe que o levasse pra passear no mato, mas ela nunca podia por estar sempre trabalhando, então pediu que sua nora, companheira de Jiguê, Sofará que levasse o menino. A moça o carregou nas costas até a beira do rio, mas ele não quis ficar lá por ter muita formiga, disse pra Sofará levá-lo até o derrame do morro lá dentro do mato. Mas assim que ela deitou o curumim nas tiriricas, ele botou o corpo num átimo e ficou um príncipe lindo e eles andaram muito por lá. A moça chegou fatigada em casa de tanto carregar ele nas costas e de “brincar”, quando Jiguê chegava na maloca e encontrava o serviço por fazer, catava os carrapatos dela e dava-lhe uma grande surra, a qual recebia calada.
 Um dia Macunaíma pediu novamente para sua mãe o levar no mato, ela não podia e Sofará se ofereceu para levá-lo, quando posto nos carurus e sororocas e transformou novamente em um príncipe lindo, pediu que ela esperasse e foi atrás do rastro de uma anta e conseguiu capturá-la, na hora de repartir só lhe deram tripas, ele jurou vingança. No dia seguinte foram passear novamente e Sofará se transformou em uma onça suçuarana e "brincou" violentamente com o herói, sendo assistidos por Jiguê. Este deu uma surra no herói, levando Sofará de volta ao pai..





        Abordam-se muitas questões culturais e logo no início do capítulo faz-se referencias a miscigenação que temos no país, quando o autor fala que Macunaíma era "preto retinto". Daí, notamos que o herói é uma mistura de negros e índios. Há várias demonstrações da cultura indígena, exemplos são os trabalhos que homens e mulheres realizavam dentro da comunidade e que não havia individualismo, o que era caçado era repartido entre todos, outro exemplo, mas demonstrado de forma exagerada, é colocar um índio preguiçoso ao extremo. 
        Linguagem coloquial, com presença massiva de palavras indígenas, a eliminação dos sinais de pontuação, estes tornam-se facultativos, sua eliminação frequente, visa dar ao texto um aspecto caótico ou febril

Autora: Aline Nogueira

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