Depois de ter passado a noite brincando na pensão com a patroa, Macunaíma demonstra sua incrível habilidade para a mentira que deixa seus irmãos Maanape e Jiguê maravilhadas com tamanha inteligência. Macunaíma fala para seus irmãos que havia achado “rasto fresco ou tapir”. Os seus irmãos vão rapidamente atrás do animal. Chegando à cidade, uma grande multidão de gente se põe a procurar e nada acham. Quando descobrem, que Macunaíma mentiu, a multidão quer linchar ele e seus irmãos, este é tomado por um acesso de fraternidade e defende seus irmãos, sendo preso por um guarda civil de São Paulo.
No meio da confusão, índio consegue fugir e decidi ir ver Venceslau Pietro Pietra. Macunaíma conhece chuvisco, um curumim com quem faz uma aposta para ver quem consegue assustar o gigante Piaimã. Macunaíma perde a aposta e decidi ir pescar no igarapé Tietê. Lá, ele encontra a velha Ceiuci, mulher do gigante, e esta prende o índio, levando-o para casa, para que suas filhas o comessem. No entanto, Macunaíma brinca com a filha mais nova de Ceiuci e foge. Nessa fuga, Macunaíma faz uma viagem surrealista, passa por Manaus e logo já está na Argentina, e assim passa por todo o Brasil. A velha foi presa e Macunaíma volta para seus manos, já preocupados com a sua demora.
Cena do filme
Há uma questão muito interessante em relação as características modernistas: o surrealismo, onde o índio em uma fuga possa estar em um lugar, e em algumas linhas depois, em outro.
No modernismo a linguagem é corrida e coloquial, sem o uso do travessão e essa característica é bastante presente na obra. A antropofagia, umas das idéias modernistas também está presente, quando o índio conhece a tradição e a cultura apresentadas na época. Representa-se no seguinte trecho:
“ O policial secundou uma porção de coisas em língua estrangeira e segurou firme.
- Não estou fazendo nada! que o herói murmurava com medo.”
Autora: Jaqueline Cavalcante
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