Nesse capítulo Macunaíma realiza uma macumba pra se vingar do gigante, pois não tinha força para enfrentá-lo. No Romantismo, o herói é uma figura que mostra força e coragem, e Macunaíma, por ser um anti-herói, é desprovido dessas características, porque no Modernismo eles buscam uma quebra com a tradição, buscam inovar.
Macunaíma que estava em São Paulo, dirige-se ao Rio de Janeiro, à procura de uma tribo que possa realizar esse ritual de macumba. Percebemos nisso uma questão cultural, pois para conseguir a vingança o índio muda de cidade, onde tenha o que procura.
Exu, como era chamado o diabo que estava tentando baixar no corpo, veio em uma menina, e todos comemoraram para em seguida fazer pedidos. Nesse trecho do livro podemos perceber que não há o uso de vírgulas: “A mãe-de-terreiro veio vindo veio vindo”(pág. 78, Macunaíma, Martins editora), uma característica do Modernismo, o não uso da pontuação. Exu permite a Macunaíma torturar Venceslau através do corpo do próprio diabo, e ele o faz. Quando termina, Exu vai embora e as marcas do corpo que foi usado vão sarando e o sucesso da macumba é comemorado, enquanto Venceslau sangra e os médicos entram em desespero.
No último parágrafo do capítulo, há um trecho que diz: “Então tudo acabou se fazendo a vida real” e Mário de Andrade cita autores que participaram da Semana de Arte Moderna, como Manuel Bandeira, Raul Bopp, Antônio Bento, entre outros, associando eles a macumbeiros, como se fizessem feitiços na arte.
Autora: Scarlett Syssi
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