Macunaíma estava muito contrariado, já que estava se sentindo completamente sozinho, pois não tinha mais a companhia de seus irmãos e da princesa, como também não tinha mais cunhas por perto para ele “brincar”.
O herói da nossa gente foi obrigado a deixar sua casinha, já que tal moradia estava caindo aos pedaços, porém não teve a mínima coragem de fazer outra casinha para morar. Assim, foi morar nas “montanhas”, onde conheceu um papagaio para quem contava suas conquistas passadas.
Até que um dia, depois de inúmeros desgostos, Macunaíma acordou com Vei, a Sol fazendo-lhe cosquinhas, vingança que Vei fazia por causa do herói não ter casado com uma de suas filhas. Macunaíma ficou muito contrariado, já que há muito tempo não “brincava”, resolveu então tomar banho no lagoão para espantar a vontade de “brincar”. Chegando lá, enxergou no fundo do lago uma cunha lindíssima, que era a Uiara. Aumentou assim o desejo de Macunaíma, que acabou mergulhando na lagoa onde é mutilado pela Uiara, ficando sem perna, brincos, orelhas, nariz, dedões e beiços, onde também ficou sem o muiraquitã.
Uiara
Porém Macunaíma se ergueu e conseguiu achar seus tesouros perdidos, conseguindo assim montar seu corpo, portando não consegue montá-lo completamente já que ele não consegue achar a perna e o principal, o seu muiraquitã. Assim, Macunaíma se “arrasta” até céu, indo parar na porta da casa do Pai Mutum, a quem defendeu na Festa do Cruzeiro. Portanto o nosso herói pede para morar no céu, no entanto Pauí – Pódole o transforma de um herói mutilado e solitário em uma constelação nova, chamada de Ursa Maior.
Constelação Ursa Maior
Neste capítulo Mario de Andrade, usa características do futurismo como a onomatopéia (palavras que imitam ruídos), como no trecho:
- Amanhã por estas horas, furrum-fum-fum... Zozoiaça [...]
E como a ausência de pontuação, presente no decorrer de todo o livro. No mesmo capitulo a características do modernismo, como enumeração caótica que indica objetos, sensações, como a palavra “brincar” presente em todo o livro de Macunaíma. Mario de Andrade tem preferência por “tragédias”, característica do expressionismo, já que no seu livro, Macunaíma morre inúmeras vezes, como também há mortes de outros personagens e o sofrimento de tantos outros.
Resumindo, Mario de Andrade com a sua obra Macunaíma fez uma grande inovação do indígena, já que o herói de nossa gente, não é aquele índio idealizado e sim aquele índio preguiçoso e de novas culturas, mais próximo de nossa realidade atual.
Autora: Débora Lima
belo resumo, precisava fazer um trabalho sobre este capitulo, e agora sim entendi !!!!! pois este livro é muito complicado....
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